terça-feira, 28 de junho de 2011

As 12 perguntas mais frequentes numa entrevista de emprego

Estas perguntas estão na cartilha dos recrutadores. Levante a mão quem nunca, numa entrevista de emprego, ouviu ao menos uma dessas perguntas cretinas.

Tem uma entrevista de emprego e não sabe o que vão perguntar? Nós daremos uma ajuda para saber o que [NÃO ?????] responder. Leia com atenção, treine e boa sorte!!

1. Fale sobre si.
Esta pergunta é quase obrigatória em uma entrevista de emprego e deverá ser muito bem praticada para uma resposta sucinta, direta e, acima de tudo, que valorize o seu perfil profissional.
# Não sei o que é pior. Se é escrever sobre si mesmo numa folha de papel ou falar sobre si mesmo frente a frente com o recrutador.

2. Quais são seus objetivos a curto prazo? E a longo prazo?
Seja específico e tente aproximar, de alguma forma, os seus objetivos aos da própria empresa. Respostas como "ganhar bem" ou "aposentar-se" são totalmente proibidas
# Mas também ficar falando em alavancar as vendas da empresa, melhorar o desempenho disso ou daquilo não é sincero. Afinal você ainda não conhece a empresa.

3. O que o levou a enviar o seu curriculum a esta empresa?
Aproveite esta deixa para demonstrar que fez o seu "trabalho de casa" e fale sobre a atividade da empresa e a forma como o posicionamento desta a torna uma empresa de elevado interesse para qualquer profissional. Naturalmente, para responder a esta pergunta, é preciso fazer previamente uma pesquisa sobre a empresa. Vá ao site institucional, faça pesquisas usando mecanismos de busca, leia revistas da especialidade e converse com pessoas que trabalham ou já trabalharam lá.
# Ou seja, não faça a besteira de chegar para uma entrevista sem te-la pesquisado no Google. E nem tenha a ousadia de responder: "Oras porque estou desempregado" ou "Oras, porque fica perto da minha casa". Sinceridade atrapalha.

4. Qual foi a decisão mais difícil que tomou até hoje?
O que é pretendido com esta questão, é que os candidatos sejam capazes de identificar uma situação em que tenham sido confrontados com um problema ou dúvida, e que tenham sido capazes de analisar alternativas e consequências e decidir da melhor forma.
# A sugestão é falar da decisão mais difícil no setor profissional. Mas tome cuidado. Porque se você falar de uma decisão que foi tomada por você erroneamente é possível que você tenha dado um tiro no próprio pé.
5. O que procura num emprego?
As hipóteses de resposta são várias: desenvolvimento profissional e pessoal, desafios, envolvimento, participação num projeto ou organização de sucesso, contribuição para o sucesso da sua empresa, etc.  # Procuramos várias coisas. Uma chance de mostrar nosso potencial, de aprendermos (por que não?) de nos superarmos ... várias coisas. Claro que procuramos estabilidade mas nunca fale isso. 
6. Você é capaz de trabalhar sob pressão e com prazos definidos?
Um "não" a esta pergunta pode destruir por completo as suas hipóteses de ser o candidato escolhido, demonstre-se capaz de trabalhar por prazos e dê exemplos de situações vividas em trabalhos anteriores.
# Algumas pessoas não aguentam trabalhar sob pressão. Fato! Mas não convém falar isso numa entrevista de emprego. Diga um sonora SIM e dê os exemplos citados acima. Eu posso traduzir "dê exemplos de situações vividas"  em fale das vezes em que foi explorado. Como aquela vez que precisou, véspera de feriado, ficar na empresa até mais tarde fazendo um relatório simplesmente porque seu chefe esqueceu-se de pedi-lo no ia anterior. É um bom exemplo? Acho que não.                                                                                                                                                                                                               
7. Dê-nos um motivo para o escolhermos em vez dos outros candidatos.
Esta é sempre das perguntas mais complicadas mas o que se espera é que o candidato saiba "vender" o seu produto. Isto é, deverá focar-se nas suas capacidades e valorizar o seu perfil como o mais adequado para aquela função e a forma como poderá trazer benefícios e lucros para a empresa.
# Também acho uma das perguntas mais tontas. Como poderemos responder com eficácia se não conhecemos os outros candidatos? Queria ver a empresa responder isso: "Por quê eu deveria vir trabalhar aqui na sua empresa e não na empresa X?" Sabe o que eles provavelmente responderiam? Isso aqui óh: Por que fornecemos plano de saúde e plano de carreira. Simples.
8. O que você faz no seu tempo livre?
Seja sincero, mas sobretudo lembre-se que os seus hobbies e ocupações demonstram não só a capacidade de gerir o seu tempo, preocupações com o seu desenvolvimento pessoal e facilidade no relacionamento interpessoal.
# A resposta acima quer dizer: Seja sincero, mas nem tanto. Entendeu? Não fale das festinhas madrugadas a dentro, das viagens de orgias e passeios na internet em sites para maiores de 18 anos.

9. Quais são as suas maiores qualidades?
Aponte aquelas características universalmente relacionadas com um bom profissional: proatividade, empenho, responsabilidade, entusiasmo, criatividade, persistência, dedicação, iniciativa, e competência.
# Sou seja, tudo aquilo que todo mundo responde diante de uma pergunta como esta.

10. E pontos negativos/defeitos?
Naturalmente que a resposta não poderá ser muito negativa, pois serão poucas as hipóteses para um profissional que diga ser desorganizado, desmotivado ou pouco cumpridor dos seus horários.
Assim, o truque é responder partindo daquilo que normalmente é considerado uma qualidade mas agravando-o de forma a parecer um "defeito". Ou seja, exigente demais, perfeccionista, muito auto-crítico, persistente demais, etc.
# Ou seja, você deve mentir nesse momento. E provavelmente se tornar uma vítima desse sistema opressor.

11. Que avaliação faz da sua última (ou atual) experiência profissional?
Não se queixe e, em caso algum, critique a empresa e respectivos colaboradores. Diga sempre alguma coisa positiva, ou o ambiente de trabalho ou o produto/serviço da empresa. Se começar a apontar defeitos ao seu emprego anterior correrá o risco de o entrevistador achar que o mesmo pode acontecer no futuro relativamente aquela empresa.
# Imagina um ex funcionário sair falando mal da empresa??!! No fritar dos ovos sempre fazemos um balancete positivo. Eu pelo menos sim. Na empresa de representação que trabalhei eu aprendi a lidar com ideias conflitantes dos meus patrões (e talvez essa tenha sido uma das minhas maiores decisões mais difíceis - qual deles obedecer? Pelo meu bem e pelo bem da empresa ... ), mas que me serviu de aprendizado. Qual? Nunca trabalhar em empresa onde todos querem mandar, rsss. Brincadeira gente. Nunca falaria isso numa entrevista. Dá vontade .... 

12. Até hoje, quais foram as experiências profissionais que lhe deram maior satisfação?
Seja qual for a sua escolha, justifique bem os motivos. Tente mencionar as mais recentes e que sejam mais adequadas aos seus objetivos profissionais.
# "Tente mencionar as mais recentes e que sejam mais adequadas aos seus objetivos profissionais". Ou seja, atrele à vaga de emprefo a qual está sendo entrevistado. Se é entrevista para tosador de pet shop fale dos contatos com animais, se é operador de telemarketing fale da satisfação em resolver problemas dos clientes, essas baboseiras todas. Se é representante fale das amizades com clientes. 



Estejamos sempre preparados para tais entrevistas. E principalmente para tais perguntas.




 

 

terça-feira, 21 de junho de 2011

Maus vendedores

Só isso?? Essa é uma das perguntas/posturas que os maus vendedores internalizaram em seu dia a dia.
Um dos meus propósitos neste blog é narrar os absurdos por quais nós, candidatos, passamos.
Mas outro propósito e falar de trabalho de um modo geral.
Certa vez ouvi  que a profissão vendedor/balconista não tem preconceito algum. Aceita todos os tipos de candidatos. E que geralmente acaba acolhendo aquelas pessoas com menos instrução ou treinamento. Pessoas menos preparadas.
Isso não deixa de ser verdade.
É quase uma rotina me deparar com vendedores mal preparados, mal treinados e por quê não dizer? Mal educados. Alguns acham que estão fazendo um grande favor em me atender. Não me levam a sério talvez por eles odiarem o emprego ou pelo meu perfil de classe média.
Me dá agonia quando compro em alguma loja e o vendedor pergunta: “Só isso?”. Como assim só isso? Pra ele uma venda de R$ 200,00 pode ser pouco. Mas e pra mim? Garanto que não.
Um conhecido trabalha com treinamento de vendedores e consultores de vendas. Antes de apresentar o diagnóstico ele gosta de acompanhá-los em suas rotinas de venda. E esse conhecido sempre sai chocado. Claro, nem todos os vendedores são assim, maus vendedores, mas a maioria sim. E mais, esses maus vendedores não gostam de ser corrigidos.
Não vou entrar no mérito de vestimenta, entonação de vóz, nem nada disso. Pois não sou especialista. 
Quero falar de educação mesmo. E falta de treinamento e supervisão dessas pessoas.
Fazer compras sem estar vestida adequadamente eu não faço mais. Vendedores sempre emitem um pré conceito baseados apenas em nosso vestuário. Principalmente em shoppings e lojas finas.
Véspera do dia dos namorados entrei numa loja com uma amiga e nenhuma das quatro vendedoras se moveram para vir nos atender. Até que uma se aproximou e disse após um rápido “boa tarde” que as camisas em promoção estavam numa arara no começo da loja. Oras, quem disse a ela que queriamos as camisas “podres” da promoção? Daí eu perguntei: “Nós vimos, mas onde estão as camisas fora de promoção?” Nós olhamos as camisas fora da promoção mas não comprei nenhuma. Só de raiva.
Foram inúmeras vezes que passei raiva dentro de uma loja. E às vezes penso dez vezes antes de entrar numa loja desconhecida. Procuro sempre pelas lojas conhecidas onde as vendedoras já me conhecem e prestam auxílio adequado ou em lojas onde as vendedoras me deixam à vontade para olhar araras e etiquetas. Quando digo que me deixam a vontade não significa que  me abandonam, elas ficam sempre ao redor caso eu tenha dúvida.
 contratei plano de celular e tive péssimas novidades quando a conta chegou. A vendedora na loja me disse X, mas na realidade era Y. E como provar? Não dá. Não foi gravado. E realmente não estava no contrato. Falha minha, ok. E tive que arcar com o prejuízo.
Já comprei chuveiro e me arrependi. O vendedor não me explicou que o chuveiro, que aumentava o fluxo de água e pressão, poderia não esquentar adequadamente a água. E o que eu pedi foi um chuveiro que me fornecesse água quente. Comprei gato por lebre.
O que falar então dos vendedores/balconistas de farmácia? Dias atrás eu retirei o siso (modo de dizer né, porque quem retirou meu siso foi o dentista) e quando cheguei numa farmácia para comprar os medicamentos pós cirúrgicos me assustei com o valor total: R$ 93,00. E olha que o dentista só colocou os nomes genéricos dos medicamentos na receita. Então disse pra balconista que queria os genéricos. Daí eles refez tudo e veio com essa: R$ 60,00. Achei caro mesmo assim. E perguntei: “São todos genéricos? “ Ela respondeu: “São os mais em conta.” Agradeci e saí da farmácia. Fui em outra e pedi os genéricos mais baratos. Sabe quanto deu? R$ 38,00. Nem acreditei. 
Lojas que têm vendedoras que me chamam de querida, linda, lindinha, mocinha, amiga ficam na minha lista negra. Não são obrigadas a decorar meu nome, mas por favor eu aceito um "moça" ou um "colega".
Também tem os vededores metidos a técnicos e especialistas. Decoram alguns nomes difíceis avulsamente e vomitam em seus clientes. Ou decoram chavões. Certa vez minha mãe procurando um shampoo suave se deparou com a vendedora lhe sugerindo um certo shampoo sem sal. Quando minha mãe olhou na composição realmente não acusava SAL. Mas tinha o tal CLORETO DE SÓDIO que nada mais é do que o nosso amigo SAL.
E por aí vai ...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Mitos e verdades na busca por um emprego

Abaixo irei comentar esse texto que extrai da internet. Meus comentários estarão em vermelho depois do símbolo #.

Quando o assunto é a busca por um novo emprego, muitas dúvidas surgem na cabeça dos candidatos. Aqueles que acabaram de ter filhos sofrem com a possibilidade de o empregador não querer pessoas com crianças pequenas # trabalhei numa empresa onde não contratavam mulheres com filhos menores de 05 anos. Outros, mais velhos, temem ser preteridos por conta da idade. Mas será que esses fatores realmente contam?
Para esclarecer estas e outras dúvidas, o portal InfoMoney consultou algumas headhunters. Veja, abaixo, as respostas.

Idade atrapalha?
Quando o assunto é idade, as pessoas temem ser preteridas por serem mais velhas ou serem novas demais. Neste último caso, sobretudo, se estiverem pleiteando um cargo de liderança.
Entretanto, tudo depende da posição e do perfil da empresa. “Não adianta querer colocar um profissional mais jovem para liderar pessoas com perfil sênior, por exemplo, e vice-versa”.
# Concodo com o que foi colocado. Tudo depende do perfil da empresa. E de um bom RH.

Ter filhos é um problema?
A questão de que as empresas não querem contratar pessoas com filhos, sobretudo pequenos, é um mito.
Cada vez mais, as empresas estimulam a qualidade de vida do profissional e esperam que ele saiba administrar o tempo. De acordo com a especialista, “A questão é de maturidade de administração”.
# Será realmente que é um mito? Temo que não. Aliás, a minha experiência diz que não. Já ví muitas mulheres perderam vaga de emprego por terem filhos novos. Não que isso fosse O desastre. Mas entre duas candidatas aparentemente iguais prevalesce aquela sem filhos ou com filhos mais crescidos.

Morar longe pode?
A distância e especialmente o tempo de deslocamento entre casa e trabalho são fatores nos quais as empresas prestam atenção, ganhando ainda mais importância nas grandes cidades.
Por outro lado, o tempo de deslocamento não é um fator de eliminação, mas pode ser “um voto de minerva” em alguns casos.
# Minha experiência em cidades pequenas também comprova o que foi dito acima. É muito desanimador para um funcionário ter que acordar 3 horas mais cedo a fim de ir para o trabalho. Mas se o trabalho e o salário compensam nada resiste.

Não ter perfil em redes sociais é um crime?
As redes sociais entraram definitivamente na vida das pessoas e isso inclui o mercado de trabalho. Atualmente os recrutadores investigam como as pessoas se relacionam na rede, observando tanto o relacionamento com amigos como o networking.
“As pessoas têm que estar na rede, ligadas no que está acontecendo”.
# Eu diria: As pessoas têm que estar BEM NA REDE. Senão melhor não estarem.

Ser mandado embora é sinal vermelho?
Ter sido mandado embora do trabalho não é motivo para preocupação. O problema é quando a dispensa se torna recorrente.
“É perfeitamente natural sair quando os valores da empresa não combinam mais com os da pessoa. O problema é quando isso acontece repetidas vezes”.
# Bom, acho que varia muito de caso pra caso. Cá entre nós é muito ruim ser mandado embora quando não se quer e quando não se espera.

Muitos empregos em pouco tempo é ruim?
Neste caso a imagem do candidato pode ser prejudicada. O ideal é que a pessoa termine os projetos começados e fique ao menos de um a dois anos em cada companhia.
O contrário, ficar muito tempo em uma empresa, também é ruim. Especialmente se a pessoa não obteve qualquer evolução no período.
# Me digam quem casou perante Deus com algum emprego ou empresa?
Acho que é utopia permanecer numa empresa mais de um ano quando é possível ver que não se adaptou a ela, ao trabalho, à equipe. Quando não se tem reconhecimento. Penso que assim como a empresa tem o DIREITO de demitir um funcionário que destoe de suas políticas, assim também o funcionário tem o DIREITO de sair da empresa onde não se sinta acolhido e valorizado. É idiotice achar que um dia as coisas mudam. Ficando numa empresa apenas para ter um tempo de registro é perder a chance de achar algo que tenha mais a ver com você!

Processo de trabalho e licença saúde impedem novo emprego?
Ter no “currículo” um processo de trabalho ou uma licença saúde não impactam na busca por um novo emprego. Contudo, no primeiro caso, muitos processos podem chamar a atenção.
Já no segundo, independentemente do que tenha acontecido, o que importa é postura do profissional, o comprometimento com o trabalho e os resultados obtidos.
# Será que não impactam mesmo? Tenho minhas dúvidas. Um conhecido perdeu muitas oportunidades de emprego por estar processando a antiga empresa onde trabalhou. Ouvi isso de um Depto Pessoal de uma empresa onde trabalhei. Era política da empresa não contratar ninguém que processava o antigo empregador. Quaisquer que fossem os motivos.
Licença Saúde também é um empecilho. Afinal o empregador não quer correr o risco de treinar um funcionário e de repente ver esse funcionário faltando por motivo de doenças, prejudicando a empresa.
Tem que ser realmente um "funcionário fodástico" para fazer essa empresa olha-lo com respeito.
Certa vez quando fiquei 15 dias de lincença numa empresa, quando voltei a minha chefe já veio me perguntando se eu estava boa para o trabalho e se "pegaria" mais algumas licenças porque ela não poderia ficar sem assistente por tanto tempo e seria necessário me remanejar. Eu era auxiliar de laboratório. Enfim. Sentiram a pressão???

Fonte: Infomoney
http://www.labor.com.br/noticias/mitos-e-verdades-na-busca-por-um-emprego/    17.06.11

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Ter mais de um patrão. Parte II


O que fazer quando se tem mais de um patrão ou trabalha numa empresa onde todos querem mandar?

Parte II
Numa outra empresa onde trabalhei passei por isso mais uma vez.
Eu só devia explicações ao meu patrão. No escritório ficavam a esposa dele e o filho mais velho. Eles pouco entendiam das coisas. Só queriam ver quanto de dinheiro havia restado. Só isso. Só queriam saber do$ lucro$.
Quando meu patrão estava ninguém me dava ordens, exceto meu patrão. Era ele sair que começava a palhaçada.
Eles queriam ver o quanto tinha vendido, o quanto sobraria, etc.
Depois de um tempo meu patrão me proibiu de dar qualquer prestação de conta aos filhos dele e à esposa.
E me pediu que somasse algumas despesas do filho mais velho dele. Pois as contas que o filho fazia passavam por mim pois eu fazia o pagamento e o controle. O dinheiro saia da empresa. É que o danadinho gastava demais. E como era ele quem cuidava antes das contas a pagar acabava omitindo certos gastos (a maiora na verdade). As despesas que eu deveria passar pro meu patrão eram dos gastos no posto de gasolina, o quanto o filho dele gastava em gasolina e o quanto gastava em besteiras na loja de conveniência do posto, na padaria, no restaurante, no cartão, etc. Feito isso vocês já devem saber né. A casa caiu. Cara feia prá cá, cara feia pra lá. E a má da história era eu. Como se a culpa fosse minha. Toda minha.
Como eu não diria, ou como eu diria que não sabia dos lucros da empresa? Como diria isso à minha patroa?
Como eu mentiria ao meu patrão a respeito dos gastos do filho dele?
O filho dele ficou participando da empresa diante da minha entrada, somente com compras de insumos. Era ele quem teria que fazer cotação, pedir desconto e decidir ... E isso de repente era obrigação minha. Sem meu patrão saber. Porque meu patrão queria que o Filho aprendesse e fizesse as coisas, mas dessa vez, começando aos poucos. Então, quando meu patrão estava lá o filho dele fingia que trabalhava (e meu patrão fingia que acreditava). Quando meu patrão saia o filho dele jogava tudo em minhas costas.
E de repente várias coisas eram da minha ossada. Desde as contas da empresa até os gastos pessoais da casa deles. Gastos com farmácia, com pet shop, com salão, com pedágio, com padaria, com gás, água. Eu cotava até lã e barbante pra esposa dele. Cotava preço de carne, cerveja, vodca e aluguel de chácaras pro filho mais novo fazer as festinhas.
Um dia tive que abrir o jogo com meu patrão pois começava a me faltar tempo para cuidar das coisas da empresa. E meu patrão confessou que não podia interferir em nada já que a esposa dele havia decidido assim e ponto. Que ele não brigaria com a esposa dele. Ok – eu disse.
E depois disso passei a não fazer controle de mais nada que a familia dele gastasse no particular. Afinal, sempre daria um stress e quem seria culpada? Eu.
E passei a considerar como primeira ordem a da minha patroa. Pois ela tinha coragem de “peitar” o meu patrão. Claro, isso nem sempre dava certo. Por quê? Oras, porque ela tinha que preservar o casamento e a harmonia conjugal. Essas foram as frases dela, claro, ditas de modo mais grosseiro.  Então algumas vezes ela me jogava na fogueira. E eu queimava. Mas esses vezes diminuíram. Passei então a esconder os gastos dela e dos filhos e caí nas graças deles. O que também não me eximia da fogueira algumas vezes.
Saí do emprego de alma lavada. E nenhuma outra funcionária que entrou depois de mim conseguiu o que eu consegui, a aprovação da minha patroa. E a vida dessas funcionárias era um inferno. Bem mais infernal que foi a minha.
Aliás, depois de um tempo trabalhando lá, e antes de saber que era minha patroa a verdadeira Chefona, eu fiquei sabendo que a decisão de me contratar foi dela. Que pelo meu patrão seria outra pessoa. E depois de mim, ele chegou até a contratar alguém que ela não aprovou. Mas Minha patroa fez a vida da moça um inferno e tormento. A moça saiu no quarto mês.  
Nesse caso, quando existe uma patroa ou esposa do patrão, minha dica é sempre ir na "onda" da patroa. Não adianta tentar ir contra. Quem manda? Elas.



quinta-feira, 2 de junho de 2011

Patrão x Chefe. Ordens conflitantes.


Na mesma empresa onde eu tinha vários patrões (a Mãe, o Filho 1 e o Filho 2) eu tive um problema sério com minha chefe.
Nós tinhamos uma gerente, carrasca, mas era honesta. O que tinha pra ser falado ela falava na cara. Não puxava o tapete de ninguém nem falava pelas costas. Mas ela saiu. E como após duas tentativas fracassadas de contratação para esse cargo a Grande Mãe resolveu deixar assim mesmo. E ela, grande mártir, abraçaria mais esse cargo para o bem geral na nação. Ops! Da empresa. Ela pouco influênciava no meu trabalho. Ela não entendia muita coisa do que eu fazia e por isso palpitava pouco. O difícil era explicar para ela e fazê-la entender o que eu estava fazendo e porquê fazia daquele jeito.
A minha chefe aspirava muito ao cargo de gerente. E faltava lamber a Mãe. A Mãe gostava do meu trabalho ... eu acho que gostava. Até queria que eu assumisse o Depto Pessoal (era nessa empresa que a talzinha que escrevia comunicados à mão trabalhava). A minha chefe dizia amém para tudo. Afinal, poucas eram as pessoas capazes de enfrentar a fúria da Mãe.
Mas daí, com minha chefe aspirando a gerente começou a ter mais um stress. Eu tinha que fazer malabarismos para atender todo mundo e ainda fazer o meu serviço. Além de ter que ponderar os comandos da Mãe, do Filho 1 e as vezes do Filho 2 eu ainda precisava juntar a isso tudo ao que minha chefe ditava. Que muitas vezes iam contra ao que a Mãe e os Filhos mandavam.  
Certa vez quando os representantes viriam de seus respectivos estados para uma reunião a Mãe me pediu que juntasse alguns dados em forma de gráfico no Power Point e fizesse uma apresentação dos mesmos. Era uma pesquisa que tinhamos feito sobre atendimento e satisfação dos clientes. Ela pediu isso um dia antes da reunião. A minha chefe quando me viu fazendo isso protestou. Pois haviam coisas mais urgentes para se fazer (e tinha mesmo, mas tudo era urgente e necessário). E então ela se ofereceu para fazer a apresentação e eu estaria livre para acompanhar os despachos de mostruário e material de marketing. Eu fiquei desencanada ... acreditando que ela faria.
No outro dia. Reunião iniciada. Eu estava certa que minha chefe havia feito. Após umas duas horas de reunião a Mãe me solicita (bem , ela me ordena) que apresente os dados. Eu lanço um olhar para minha chefe que desvia o olhar. E a Mãe sacando logo grita: “Você não fez? Pedi isso ONTEM de manhã e você não fez? Os representantes veem a cada 6 meses e você não fez?? Brincadeira! Estou cercada de inúteis”. Ela disse outras coisas. Então ordenou que eu deixasse a reunião e fizesse a apresentação naquele momento. Eu não disse a ela o que tinha ocorrido, que minha chefe havia me tirado desse trabalho e que se comprometeu a fazê-lo no meu lugar.
Eu não disse. Sabe por quê? Porque eu sabia a resposta. Ela diria assim: “É! Mas eu pedi pra você. E se eu pedi para você é porque eu queria que você fizesse. Se eu quisesse que a Fulana fizesse eu teria pedido para ela. E era você a responsável por isso” E ainda daria um sermão mais longo e irritante.
Juro que saí da reunião e fui fazer a apresentação. Ela ficou pronta lá pelas 16h da tarde. E então gravei, a pedido da Mãe, em CDs e entreguei aos representantes.
Antes do fim do expediente minha chefe veio falar comigo tal qual cachorro arrependido. Todavia, ela não pediu desculpas não. Disse que não fez porque havia ficado tarde e ela não poderia ficar após as 18h na empresa. E que ela jurava que a Mãe esqueceria desse pedido (na verdade muitas e muitas vezes a Mãe pedia coisas e esquecia, não cobrava nunca mais).
Então eu retruquei, se não pudesse que me avisasse. Pois se preciso fosse eu ficaria até mais tarde ou chegaria mais cedo. Depois disso nossa relação nunca mais foi a mesma. E ela vivia me colocando em saias justas. E eu vivia entre a Cruz, a Espada e o Caldeirão. Muitas vezes não sabia se obedecia a Mãe, os Filhos ou a minha chefe.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Empresa com vários patrões. Minha experiência.

Numa empresa onde trabalhei era: a mãe e os dois filhos. Todos patrões.
Nenhum dos filhos questionava a Mãe. Seja na frente dos funcionários seja longe deles. Como sabíamos disso? Oras, observando. As ordens que prevalesciam eram sempre da Mãe. Estando certas ou erradas. A Mãe era um tipo de mulher forte, batalhadora, dominadora. Muito inteligente. Mas que pouco sabia da dinâmica da empresa  e dos  assuntos internos. E por isso “palpitava” muitas vezes erroneamente. Leia palpitar como ordenar. E não tinha educação nenhuma. Ela era capaz de encontrar com um funcionário no domingo a tarde passeando com a família no shopping e dar bronca, exigir algo ... E fez isso algumas vezes.
Certa vez acabei discutindo com a mulher que era chefe do setor de qualidade. E ela foi reclamar com a Mãe. A Mãe me proibiu de pisar neste setor. Feito. Pra mim era uma tarefa, um fardo a menos. E ambos os lados ficaram satisfeitos. Mas numa necessidade a tal mulher do setor precisou de alguém que a ajudasse a verificar no sistema um código de uma peça (a nossa briga era exatamente essa, a tal mulher queria aprender a fazer essa função mas não tinha nem conhecimento básico de informática) enfim ... e chamou o rapaz da informática ... o Filho 1 vendo o ocorrido veio até minha sala "p. da vida" exigindo minha presença no setor. Quando disse-lhe que a Mãe havia me proibido de ir lá, ele disse: “Ahhh, dane-se, vai lá, o que não pode é ficar fazendo o rapaz da informática perder tempo ensinando a mulher a mexer no sistema ... Desce lá agora e resolve.” E fui. A mulher torceu o nariz. Mas não tinha o que fazer. Era me aguentar ou ficar parada. Estava quase terminando de arrumar as coisas quando a Mãe me vê lá. E gritando do meio da produção diz: “Eu não te dei uma ordem? O que você tá fazendo ai?” A mulher do setor até tentou falar em minha defesa mas a Mãe já tinha latido impropérios. Era sempre assim. Deixei as coisas como estavam e saí de lá. Antes de ... processá-la.
Uma colega de trabalho foi demitida por de falta de diálogo entre os donos. O Filho 1 havia ordenado que fosse confeccionado aventais e que esses fossem estampados com a marca da empresa. Seria distribuído como brinde no final do ano. E assim a colega fez.
Era ela que liberava todos os trâmites. Ordem dada, ela liberou. Eu digitei o pedido e a ordem de produção foi feita. Puxei a lista de clientes como solicitado pelo próprio Filho 1 e escolhi os melhores clientes.
Quando os aventais ficaram prontos, apenas esperando pra serem despachados a Mãe os vê numa caixa. Fica irada, possessa. Convoca uma reunião. Estavamos lá em umas 30 pessoas. E ela pergunta quem foi responsável por aquilo. Ué, o filho dela. Oras bolas. Quem mais teria essa ideia de jegue??  Alguém disse : “Filho 1 liberou ...” mas foi cortado por um berro. Como ela não podia demitir o filho, ela botou a culpa na pobre da colega. A colega era a culpada. Por quê ela não ligou e não avisou a Mãe? Onde já se viu gastar tecido com aquilo. O Filho 1 e o Filho 2 chegaram no final da reunião, quando a colega já havia sido demitida. Eles saíram cabisbaixos e sumiram. Claro né, pra evitar alguma bronca. A colega foi demitida, talvez não por ter acatado a ordem do Filho 1 que era afinal de contas, seu patrão também. Mas por ter dito verdades à Mãe. Como por exemplo estar cansada de ficar ponderando ordens de todos. Se as ordens que deveriam ser seguidas era só da Mãe ela mesma que as desse. Como a colega poderia adivinhar que essa ideia dos aventais seria considerada idiota e brega pela Mãe???