sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Maus vendedores parte II

Esta semana foi a treva!
Tenho uma festa de aniversário pra ir. Comprado o vestido me restou o sapato/sandália.
Eu que achava que o mais difícil seria o vestido! Amarga ilusão.
O vestido é bege com estampa verde, azul e lilás.
Pensei que uma sandália azul ou verde cairia bem. E fui atrás de uma na cidade onde moro.
Primeiramente visitei somente as vitrines para ter uma ideia de modelos.
Não sei vocês, mas todas as vezes anteriores as vendedoras sempre deixaram claro que alguns modelos vem pra loja em mais de uma cor.
Após olhar vitrine por vitrine resolvi adentrar nas lojas.
Na primeira a vendedora estava tão “empenhada” em fazer a venda que não fez questão alguma de mostrar qualquer outro modelo. Ela pegou apenas aquele que eu pedi. E mais: achou ruim quando pedi um número maior para provar.
Na segunda loja eu até achei uns modelos legais. Mas a vendedora foi enfática: as cores existentes são apenas as da vitrine! Então mesmo que eu gostasse do modelo de sandália X na cor salmão, não existiria a possibilidade de ter esse modelo na cor verde ou azul. Ela então me mostrou três modelos da vitrine que estavam na cor azul e me deu a opção: ou escolhe esses ou nenhum. Eram os que tinham.
Eu calço 35. Mas depende muito da “forma” do sapato. Da marca. Então oscila entre o 34/35/36. Eu sempre peço o 35. Acontece que às vezes é preciso pedir ou um número menor ou um número maior.
Finalmente pensei que tinha achado o sapato ideal. Dessas sandálias mais fechadinhas e tal. Azul. Só que o 36 ficou grande. Meus dedos mal apareciam. Quando pedi o 35 eu vi e ouvi a vendedora “bufar” e falar em seguida que provavelmente não tinha o número 35. E falou aquela frase secular “é um dos últimos pares...”. Como se isso fosse influenciar a nossa (minha) compra.
Tive que insistir para ela ir verificar se havia ou não o número 35. Ela foi. E claro, não tinha. Claro por quê? Oras, está na cara que ela em vez de ir verificar no estoque ficou na cozinha tomando café. Ou ela não queria fechar a venda ou achou que eu iria levar o número 36 mesmo.
O que aconteceu? Eu não levei.
Mostrei depois na vitrine mais uns 8 modelos de sandálias que eu gostei e disse pra ela que aceitava nas cores: verde, azul, branco e bege. Nem mesmo assim eu comovi a vendedora. Sai de lá desolada.
Ela foi enfática: só tinham as cores da vitrine!
Oxi... que parte de "só tem as cores da vitrine" que eu não entendi? O.o
Por fim na quarta e última loja encontrei uma vendedora simpática e querendo vender.
Escolhi alguns modelos. Ela me informou que provavelmente alguns deles só teriam na cor da vitrine, mas que outros teriam em outra cor e ela precisaria verificar que outra cor seria essa. Descrevi mais ou menos o modelo que eu queria e ela trouxe 4 sandálias conforme minha descrição. Nem consigo descrever a emoção que senti. Quase um orgasmo.
Sai de lá super feliz com minha sandália nova. E satisfeita.
Ah! Convém dizer aqui que todas as lojas que visitei são lojas top! E dificilmente não teriam em estoque algum modelo como eu sugeri. Nas cores que eu precisava!

terça-feira, 28 de junho de 2011

As 12 perguntas mais frequentes numa entrevista de emprego

Estas perguntas estão na cartilha dos recrutadores. Levante a mão quem nunca, numa entrevista de emprego, ouviu ao menos uma dessas perguntas cretinas.

Tem uma entrevista de emprego e não sabe o que vão perguntar? Nós daremos uma ajuda para saber o que [NÃO ?????] responder. Leia com atenção, treine e boa sorte!!

1. Fale sobre si.
Esta pergunta é quase obrigatória em uma entrevista de emprego e deverá ser muito bem praticada para uma resposta sucinta, direta e, acima de tudo, que valorize o seu perfil profissional.
# Não sei o que é pior. Se é escrever sobre si mesmo numa folha de papel ou falar sobre si mesmo frente a frente com o recrutador.

2. Quais são seus objetivos a curto prazo? E a longo prazo?
Seja específico e tente aproximar, de alguma forma, os seus objetivos aos da própria empresa. Respostas como "ganhar bem" ou "aposentar-se" são totalmente proibidas
# Mas também ficar falando em alavancar as vendas da empresa, melhorar o desempenho disso ou daquilo não é sincero. Afinal você ainda não conhece a empresa.

3. O que o levou a enviar o seu curriculum a esta empresa?
Aproveite esta deixa para demonstrar que fez o seu "trabalho de casa" e fale sobre a atividade da empresa e a forma como o posicionamento desta a torna uma empresa de elevado interesse para qualquer profissional. Naturalmente, para responder a esta pergunta, é preciso fazer previamente uma pesquisa sobre a empresa. Vá ao site institucional, faça pesquisas usando mecanismos de busca, leia revistas da especialidade e converse com pessoas que trabalham ou já trabalharam lá.
# Ou seja, não faça a besteira de chegar para uma entrevista sem te-la pesquisado no Google. E nem tenha a ousadia de responder: "Oras porque estou desempregado" ou "Oras, porque fica perto da minha casa". Sinceridade atrapalha.

4. Qual foi a decisão mais difícil que tomou até hoje?
O que é pretendido com esta questão, é que os candidatos sejam capazes de identificar uma situação em que tenham sido confrontados com um problema ou dúvida, e que tenham sido capazes de analisar alternativas e consequências e decidir da melhor forma.
# A sugestão é falar da decisão mais difícil no setor profissional. Mas tome cuidado. Porque se você falar de uma decisão que foi tomada por você erroneamente é possível que você tenha dado um tiro no próprio pé.
5. O que procura num emprego?
As hipóteses de resposta são várias: desenvolvimento profissional e pessoal, desafios, envolvimento, participação num projeto ou organização de sucesso, contribuição para o sucesso da sua empresa, etc.  # Procuramos várias coisas. Uma chance de mostrar nosso potencial, de aprendermos (por que não?) de nos superarmos ... várias coisas. Claro que procuramos estabilidade mas nunca fale isso. 
6. Você é capaz de trabalhar sob pressão e com prazos definidos?
Um "não" a esta pergunta pode destruir por completo as suas hipóteses de ser o candidato escolhido, demonstre-se capaz de trabalhar por prazos e dê exemplos de situações vividas em trabalhos anteriores.
# Algumas pessoas não aguentam trabalhar sob pressão. Fato! Mas não convém falar isso numa entrevista de emprego. Diga um sonora SIM e dê os exemplos citados acima. Eu posso traduzir "dê exemplos de situações vividas"  em fale das vezes em que foi explorado. Como aquela vez que precisou, véspera de feriado, ficar na empresa até mais tarde fazendo um relatório simplesmente porque seu chefe esqueceu-se de pedi-lo no ia anterior. É um bom exemplo? Acho que não.                                                                                                                                                                                                               
7. Dê-nos um motivo para o escolhermos em vez dos outros candidatos.
Esta é sempre das perguntas mais complicadas mas o que se espera é que o candidato saiba "vender" o seu produto. Isto é, deverá focar-se nas suas capacidades e valorizar o seu perfil como o mais adequado para aquela função e a forma como poderá trazer benefícios e lucros para a empresa.
# Também acho uma das perguntas mais tontas. Como poderemos responder com eficácia se não conhecemos os outros candidatos? Queria ver a empresa responder isso: "Por quê eu deveria vir trabalhar aqui na sua empresa e não na empresa X?" Sabe o que eles provavelmente responderiam? Isso aqui óh: Por que fornecemos plano de saúde e plano de carreira. Simples.
8. O que você faz no seu tempo livre?
Seja sincero, mas sobretudo lembre-se que os seus hobbies e ocupações demonstram não só a capacidade de gerir o seu tempo, preocupações com o seu desenvolvimento pessoal e facilidade no relacionamento interpessoal.
# A resposta acima quer dizer: Seja sincero, mas nem tanto. Entendeu? Não fale das festinhas madrugadas a dentro, das viagens de orgias e passeios na internet em sites para maiores de 18 anos.

9. Quais são as suas maiores qualidades?
Aponte aquelas características universalmente relacionadas com um bom profissional: proatividade, empenho, responsabilidade, entusiasmo, criatividade, persistência, dedicação, iniciativa, e competência.
# Sou seja, tudo aquilo que todo mundo responde diante de uma pergunta como esta.

10. E pontos negativos/defeitos?
Naturalmente que a resposta não poderá ser muito negativa, pois serão poucas as hipóteses para um profissional que diga ser desorganizado, desmotivado ou pouco cumpridor dos seus horários.
Assim, o truque é responder partindo daquilo que normalmente é considerado uma qualidade mas agravando-o de forma a parecer um "defeito". Ou seja, exigente demais, perfeccionista, muito auto-crítico, persistente demais, etc.
# Ou seja, você deve mentir nesse momento. E provavelmente se tornar uma vítima desse sistema opressor.

11. Que avaliação faz da sua última (ou atual) experiência profissional?
Não se queixe e, em caso algum, critique a empresa e respectivos colaboradores. Diga sempre alguma coisa positiva, ou o ambiente de trabalho ou o produto/serviço da empresa. Se começar a apontar defeitos ao seu emprego anterior correrá o risco de o entrevistador achar que o mesmo pode acontecer no futuro relativamente aquela empresa.
# Imagina um ex funcionário sair falando mal da empresa??!! No fritar dos ovos sempre fazemos um balancete positivo. Eu pelo menos sim. Na empresa de representação que trabalhei eu aprendi a lidar com ideias conflitantes dos meus patrões (e talvez essa tenha sido uma das minhas maiores decisões mais difíceis - qual deles obedecer? Pelo meu bem e pelo bem da empresa ... ), mas que me serviu de aprendizado. Qual? Nunca trabalhar em empresa onde todos querem mandar, rsss. Brincadeira gente. Nunca falaria isso numa entrevista. Dá vontade .... 

12. Até hoje, quais foram as experiências profissionais que lhe deram maior satisfação?
Seja qual for a sua escolha, justifique bem os motivos. Tente mencionar as mais recentes e que sejam mais adequadas aos seus objetivos profissionais.
# "Tente mencionar as mais recentes e que sejam mais adequadas aos seus objetivos profissionais". Ou seja, atrele à vaga de emprefo a qual está sendo entrevistado. Se é entrevista para tosador de pet shop fale dos contatos com animais, se é operador de telemarketing fale da satisfação em resolver problemas dos clientes, essas baboseiras todas. Se é representante fale das amizades com clientes. 



Estejamos sempre preparados para tais entrevistas. E principalmente para tais perguntas.




 

 

terça-feira, 21 de junho de 2011

Maus vendedores

Só isso?? Essa é uma das perguntas/posturas que os maus vendedores internalizaram em seu dia a dia.
Um dos meus propósitos neste blog é narrar os absurdos por quais nós, candidatos, passamos.
Mas outro propósito e falar de trabalho de um modo geral.
Certa vez ouvi  que a profissão vendedor/balconista não tem preconceito algum. Aceita todos os tipos de candidatos. E que geralmente acaba acolhendo aquelas pessoas com menos instrução ou treinamento. Pessoas menos preparadas.
Isso não deixa de ser verdade.
É quase uma rotina me deparar com vendedores mal preparados, mal treinados e por quê não dizer? Mal educados. Alguns acham que estão fazendo um grande favor em me atender. Não me levam a sério talvez por eles odiarem o emprego ou pelo meu perfil de classe média.
Me dá agonia quando compro em alguma loja e o vendedor pergunta: “Só isso?”. Como assim só isso? Pra ele uma venda de R$ 200,00 pode ser pouco. Mas e pra mim? Garanto que não.
Um conhecido trabalha com treinamento de vendedores e consultores de vendas. Antes de apresentar o diagnóstico ele gosta de acompanhá-los em suas rotinas de venda. E esse conhecido sempre sai chocado. Claro, nem todos os vendedores são assim, maus vendedores, mas a maioria sim. E mais, esses maus vendedores não gostam de ser corrigidos.
Não vou entrar no mérito de vestimenta, entonação de vóz, nem nada disso. Pois não sou especialista. 
Quero falar de educação mesmo. E falta de treinamento e supervisão dessas pessoas.
Fazer compras sem estar vestida adequadamente eu não faço mais. Vendedores sempre emitem um pré conceito baseados apenas em nosso vestuário. Principalmente em shoppings e lojas finas.
Véspera do dia dos namorados entrei numa loja com uma amiga e nenhuma das quatro vendedoras se moveram para vir nos atender. Até que uma se aproximou e disse após um rápido “boa tarde” que as camisas em promoção estavam numa arara no começo da loja. Oras, quem disse a ela que queriamos as camisas “podres” da promoção? Daí eu perguntei: “Nós vimos, mas onde estão as camisas fora de promoção?” Nós olhamos as camisas fora da promoção mas não comprei nenhuma. Só de raiva.
Foram inúmeras vezes que passei raiva dentro de uma loja. E às vezes penso dez vezes antes de entrar numa loja desconhecida. Procuro sempre pelas lojas conhecidas onde as vendedoras já me conhecem e prestam auxílio adequado ou em lojas onde as vendedoras me deixam à vontade para olhar araras e etiquetas. Quando digo que me deixam a vontade não significa que  me abandonam, elas ficam sempre ao redor caso eu tenha dúvida.
 contratei plano de celular e tive péssimas novidades quando a conta chegou. A vendedora na loja me disse X, mas na realidade era Y. E como provar? Não dá. Não foi gravado. E realmente não estava no contrato. Falha minha, ok. E tive que arcar com o prejuízo.
Já comprei chuveiro e me arrependi. O vendedor não me explicou que o chuveiro, que aumentava o fluxo de água e pressão, poderia não esquentar adequadamente a água. E o que eu pedi foi um chuveiro que me fornecesse água quente. Comprei gato por lebre.
O que falar então dos vendedores/balconistas de farmácia? Dias atrás eu retirei o siso (modo de dizer né, porque quem retirou meu siso foi o dentista) e quando cheguei numa farmácia para comprar os medicamentos pós cirúrgicos me assustei com o valor total: R$ 93,00. E olha que o dentista só colocou os nomes genéricos dos medicamentos na receita. Então disse pra balconista que queria os genéricos. Daí eles refez tudo e veio com essa: R$ 60,00. Achei caro mesmo assim. E perguntei: “São todos genéricos? “ Ela respondeu: “São os mais em conta.” Agradeci e saí da farmácia. Fui em outra e pedi os genéricos mais baratos. Sabe quanto deu? R$ 38,00. Nem acreditei. 
Lojas que têm vendedoras que me chamam de querida, linda, lindinha, mocinha, amiga ficam na minha lista negra. Não são obrigadas a decorar meu nome, mas por favor eu aceito um "moça" ou um "colega".
Também tem os vededores metidos a técnicos e especialistas. Decoram alguns nomes difíceis avulsamente e vomitam em seus clientes. Ou decoram chavões. Certa vez minha mãe procurando um shampoo suave se deparou com a vendedora lhe sugerindo um certo shampoo sem sal. Quando minha mãe olhou na composição realmente não acusava SAL. Mas tinha o tal CLORETO DE SÓDIO que nada mais é do que o nosso amigo SAL.
E por aí vai ...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Mitos e verdades na busca por um emprego

Abaixo irei comentar esse texto que extrai da internet. Meus comentários estarão em vermelho depois do símbolo #.

Quando o assunto é a busca por um novo emprego, muitas dúvidas surgem na cabeça dos candidatos. Aqueles que acabaram de ter filhos sofrem com a possibilidade de o empregador não querer pessoas com crianças pequenas # trabalhei numa empresa onde não contratavam mulheres com filhos menores de 05 anos. Outros, mais velhos, temem ser preteridos por conta da idade. Mas será que esses fatores realmente contam?
Para esclarecer estas e outras dúvidas, o portal InfoMoney consultou algumas headhunters. Veja, abaixo, as respostas.

Idade atrapalha?
Quando o assunto é idade, as pessoas temem ser preteridas por serem mais velhas ou serem novas demais. Neste último caso, sobretudo, se estiverem pleiteando um cargo de liderança.
Entretanto, tudo depende da posição e do perfil da empresa. “Não adianta querer colocar um profissional mais jovem para liderar pessoas com perfil sênior, por exemplo, e vice-versa”.
# Concodo com o que foi colocado. Tudo depende do perfil da empresa. E de um bom RH.

Ter filhos é um problema?
A questão de que as empresas não querem contratar pessoas com filhos, sobretudo pequenos, é um mito.
Cada vez mais, as empresas estimulam a qualidade de vida do profissional e esperam que ele saiba administrar o tempo. De acordo com a especialista, “A questão é de maturidade de administração”.
# Será realmente que é um mito? Temo que não. Aliás, a minha experiência diz que não. Já ví muitas mulheres perderam vaga de emprego por terem filhos novos. Não que isso fosse O desastre. Mas entre duas candidatas aparentemente iguais prevalesce aquela sem filhos ou com filhos mais crescidos.

Morar longe pode?
A distância e especialmente o tempo de deslocamento entre casa e trabalho são fatores nos quais as empresas prestam atenção, ganhando ainda mais importância nas grandes cidades.
Por outro lado, o tempo de deslocamento não é um fator de eliminação, mas pode ser “um voto de minerva” em alguns casos.
# Minha experiência em cidades pequenas também comprova o que foi dito acima. É muito desanimador para um funcionário ter que acordar 3 horas mais cedo a fim de ir para o trabalho. Mas se o trabalho e o salário compensam nada resiste.

Não ter perfil em redes sociais é um crime?
As redes sociais entraram definitivamente na vida das pessoas e isso inclui o mercado de trabalho. Atualmente os recrutadores investigam como as pessoas se relacionam na rede, observando tanto o relacionamento com amigos como o networking.
“As pessoas têm que estar na rede, ligadas no que está acontecendo”.
# Eu diria: As pessoas têm que estar BEM NA REDE. Senão melhor não estarem.

Ser mandado embora é sinal vermelho?
Ter sido mandado embora do trabalho não é motivo para preocupação. O problema é quando a dispensa se torna recorrente.
“É perfeitamente natural sair quando os valores da empresa não combinam mais com os da pessoa. O problema é quando isso acontece repetidas vezes”.
# Bom, acho que varia muito de caso pra caso. Cá entre nós é muito ruim ser mandado embora quando não se quer e quando não se espera.

Muitos empregos em pouco tempo é ruim?
Neste caso a imagem do candidato pode ser prejudicada. O ideal é que a pessoa termine os projetos começados e fique ao menos de um a dois anos em cada companhia.
O contrário, ficar muito tempo em uma empresa, também é ruim. Especialmente se a pessoa não obteve qualquer evolução no período.
# Me digam quem casou perante Deus com algum emprego ou empresa?
Acho que é utopia permanecer numa empresa mais de um ano quando é possível ver que não se adaptou a ela, ao trabalho, à equipe. Quando não se tem reconhecimento. Penso que assim como a empresa tem o DIREITO de demitir um funcionário que destoe de suas políticas, assim também o funcionário tem o DIREITO de sair da empresa onde não se sinta acolhido e valorizado. É idiotice achar que um dia as coisas mudam. Ficando numa empresa apenas para ter um tempo de registro é perder a chance de achar algo que tenha mais a ver com você!

Processo de trabalho e licença saúde impedem novo emprego?
Ter no “currículo” um processo de trabalho ou uma licença saúde não impactam na busca por um novo emprego. Contudo, no primeiro caso, muitos processos podem chamar a atenção.
Já no segundo, independentemente do que tenha acontecido, o que importa é postura do profissional, o comprometimento com o trabalho e os resultados obtidos.
# Será que não impactam mesmo? Tenho minhas dúvidas. Um conhecido perdeu muitas oportunidades de emprego por estar processando a antiga empresa onde trabalhou. Ouvi isso de um Depto Pessoal de uma empresa onde trabalhei. Era política da empresa não contratar ninguém que processava o antigo empregador. Quaisquer que fossem os motivos.
Licença Saúde também é um empecilho. Afinal o empregador não quer correr o risco de treinar um funcionário e de repente ver esse funcionário faltando por motivo de doenças, prejudicando a empresa.
Tem que ser realmente um "funcionário fodástico" para fazer essa empresa olha-lo com respeito.
Certa vez quando fiquei 15 dias de lincença numa empresa, quando voltei a minha chefe já veio me perguntando se eu estava boa para o trabalho e se "pegaria" mais algumas licenças porque ela não poderia ficar sem assistente por tanto tempo e seria necessário me remanejar. Eu era auxiliar de laboratório. Enfim. Sentiram a pressão???

Fonte: Infomoney
http://www.labor.com.br/noticias/mitos-e-verdades-na-busca-por-um-emprego/    17.06.11

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Ter mais de um patrão. Parte II


O que fazer quando se tem mais de um patrão ou trabalha numa empresa onde todos querem mandar?

Parte II
Numa outra empresa onde trabalhei passei por isso mais uma vez.
Eu só devia explicações ao meu patrão. No escritório ficavam a esposa dele e o filho mais velho. Eles pouco entendiam das coisas. Só queriam ver quanto de dinheiro havia restado. Só isso. Só queriam saber do$ lucro$.
Quando meu patrão estava ninguém me dava ordens, exceto meu patrão. Era ele sair que começava a palhaçada.
Eles queriam ver o quanto tinha vendido, o quanto sobraria, etc.
Depois de um tempo meu patrão me proibiu de dar qualquer prestação de conta aos filhos dele e à esposa.
E me pediu que somasse algumas despesas do filho mais velho dele. Pois as contas que o filho fazia passavam por mim pois eu fazia o pagamento e o controle. O dinheiro saia da empresa. É que o danadinho gastava demais. E como era ele quem cuidava antes das contas a pagar acabava omitindo certos gastos (a maiora na verdade). As despesas que eu deveria passar pro meu patrão eram dos gastos no posto de gasolina, o quanto o filho dele gastava em gasolina e o quanto gastava em besteiras na loja de conveniência do posto, na padaria, no restaurante, no cartão, etc. Feito isso vocês já devem saber né. A casa caiu. Cara feia prá cá, cara feia pra lá. E a má da história era eu. Como se a culpa fosse minha. Toda minha.
Como eu não diria, ou como eu diria que não sabia dos lucros da empresa? Como diria isso à minha patroa?
Como eu mentiria ao meu patrão a respeito dos gastos do filho dele?
O filho dele ficou participando da empresa diante da minha entrada, somente com compras de insumos. Era ele quem teria que fazer cotação, pedir desconto e decidir ... E isso de repente era obrigação minha. Sem meu patrão saber. Porque meu patrão queria que o Filho aprendesse e fizesse as coisas, mas dessa vez, começando aos poucos. Então, quando meu patrão estava lá o filho dele fingia que trabalhava (e meu patrão fingia que acreditava). Quando meu patrão saia o filho dele jogava tudo em minhas costas.
E de repente várias coisas eram da minha ossada. Desde as contas da empresa até os gastos pessoais da casa deles. Gastos com farmácia, com pet shop, com salão, com pedágio, com padaria, com gás, água. Eu cotava até lã e barbante pra esposa dele. Cotava preço de carne, cerveja, vodca e aluguel de chácaras pro filho mais novo fazer as festinhas.
Um dia tive que abrir o jogo com meu patrão pois começava a me faltar tempo para cuidar das coisas da empresa. E meu patrão confessou que não podia interferir em nada já que a esposa dele havia decidido assim e ponto. Que ele não brigaria com a esposa dele. Ok – eu disse.
E depois disso passei a não fazer controle de mais nada que a familia dele gastasse no particular. Afinal, sempre daria um stress e quem seria culpada? Eu.
E passei a considerar como primeira ordem a da minha patroa. Pois ela tinha coragem de “peitar” o meu patrão. Claro, isso nem sempre dava certo. Por quê? Oras, porque ela tinha que preservar o casamento e a harmonia conjugal. Essas foram as frases dela, claro, ditas de modo mais grosseiro.  Então algumas vezes ela me jogava na fogueira. E eu queimava. Mas esses vezes diminuíram. Passei então a esconder os gastos dela e dos filhos e caí nas graças deles. O que também não me eximia da fogueira algumas vezes.
Saí do emprego de alma lavada. E nenhuma outra funcionária que entrou depois de mim conseguiu o que eu consegui, a aprovação da minha patroa. E a vida dessas funcionárias era um inferno. Bem mais infernal que foi a minha.
Aliás, depois de um tempo trabalhando lá, e antes de saber que era minha patroa a verdadeira Chefona, eu fiquei sabendo que a decisão de me contratar foi dela. Que pelo meu patrão seria outra pessoa. E depois de mim, ele chegou até a contratar alguém que ela não aprovou. Mas Minha patroa fez a vida da moça um inferno e tormento. A moça saiu no quarto mês.  
Nesse caso, quando existe uma patroa ou esposa do patrão, minha dica é sempre ir na "onda" da patroa. Não adianta tentar ir contra. Quem manda? Elas.



quinta-feira, 2 de junho de 2011

Patrão x Chefe. Ordens conflitantes.


Na mesma empresa onde eu tinha vários patrões (a Mãe, o Filho 1 e o Filho 2) eu tive um problema sério com minha chefe.
Nós tinhamos uma gerente, carrasca, mas era honesta. O que tinha pra ser falado ela falava na cara. Não puxava o tapete de ninguém nem falava pelas costas. Mas ela saiu. E como após duas tentativas fracassadas de contratação para esse cargo a Grande Mãe resolveu deixar assim mesmo. E ela, grande mártir, abraçaria mais esse cargo para o bem geral na nação. Ops! Da empresa. Ela pouco influênciava no meu trabalho. Ela não entendia muita coisa do que eu fazia e por isso palpitava pouco. O difícil era explicar para ela e fazê-la entender o que eu estava fazendo e porquê fazia daquele jeito.
A minha chefe aspirava muito ao cargo de gerente. E faltava lamber a Mãe. A Mãe gostava do meu trabalho ... eu acho que gostava. Até queria que eu assumisse o Depto Pessoal (era nessa empresa que a talzinha que escrevia comunicados à mão trabalhava). A minha chefe dizia amém para tudo. Afinal, poucas eram as pessoas capazes de enfrentar a fúria da Mãe.
Mas daí, com minha chefe aspirando a gerente começou a ter mais um stress. Eu tinha que fazer malabarismos para atender todo mundo e ainda fazer o meu serviço. Além de ter que ponderar os comandos da Mãe, do Filho 1 e as vezes do Filho 2 eu ainda precisava juntar a isso tudo ao que minha chefe ditava. Que muitas vezes iam contra ao que a Mãe e os Filhos mandavam.  
Certa vez quando os representantes viriam de seus respectivos estados para uma reunião a Mãe me pediu que juntasse alguns dados em forma de gráfico no Power Point e fizesse uma apresentação dos mesmos. Era uma pesquisa que tinhamos feito sobre atendimento e satisfação dos clientes. Ela pediu isso um dia antes da reunião. A minha chefe quando me viu fazendo isso protestou. Pois haviam coisas mais urgentes para se fazer (e tinha mesmo, mas tudo era urgente e necessário). E então ela se ofereceu para fazer a apresentação e eu estaria livre para acompanhar os despachos de mostruário e material de marketing. Eu fiquei desencanada ... acreditando que ela faria.
No outro dia. Reunião iniciada. Eu estava certa que minha chefe havia feito. Após umas duas horas de reunião a Mãe me solicita (bem , ela me ordena) que apresente os dados. Eu lanço um olhar para minha chefe que desvia o olhar. E a Mãe sacando logo grita: “Você não fez? Pedi isso ONTEM de manhã e você não fez? Os representantes veem a cada 6 meses e você não fez?? Brincadeira! Estou cercada de inúteis”. Ela disse outras coisas. Então ordenou que eu deixasse a reunião e fizesse a apresentação naquele momento. Eu não disse a ela o que tinha ocorrido, que minha chefe havia me tirado desse trabalho e que se comprometeu a fazê-lo no meu lugar.
Eu não disse. Sabe por quê? Porque eu sabia a resposta. Ela diria assim: “É! Mas eu pedi pra você. E se eu pedi para você é porque eu queria que você fizesse. Se eu quisesse que a Fulana fizesse eu teria pedido para ela. E era você a responsável por isso” E ainda daria um sermão mais longo e irritante.
Juro que saí da reunião e fui fazer a apresentação. Ela ficou pronta lá pelas 16h da tarde. E então gravei, a pedido da Mãe, em CDs e entreguei aos representantes.
Antes do fim do expediente minha chefe veio falar comigo tal qual cachorro arrependido. Todavia, ela não pediu desculpas não. Disse que não fez porque havia ficado tarde e ela não poderia ficar após as 18h na empresa. E que ela jurava que a Mãe esqueceria desse pedido (na verdade muitas e muitas vezes a Mãe pedia coisas e esquecia, não cobrava nunca mais).
Então eu retruquei, se não pudesse que me avisasse. Pois se preciso fosse eu ficaria até mais tarde ou chegaria mais cedo. Depois disso nossa relação nunca mais foi a mesma. E ela vivia me colocando em saias justas. E eu vivia entre a Cruz, a Espada e o Caldeirão. Muitas vezes não sabia se obedecia a Mãe, os Filhos ou a minha chefe.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Empresa com vários patrões. Minha experiência.

Numa empresa onde trabalhei era: a mãe e os dois filhos. Todos patrões.
Nenhum dos filhos questionava a Mãe. Seja na frente dos funcionários seja longe deles. Como sabíamos disso? Oras, observando. As ordens que prevalesciam eram sempre da Mãe. Estando certas ou erradas. A Mãe era um tipo de mulher forte, batalhadora, dominadora. Muito inteligente. Mas que pouco sabia da dinâmica da empresa  e dos  assuntos internos. E por isso “palpitava” muitas vezes erroneamente. Leia palpitar como ordenar. E não tinha educação nenhuma. Ela era capaz de encontrar com um funcionário no domingo a tarde passeando com a família no shopping e dar bronca, exigir algo ... E fez isso algumas vezes.
Certa vez acabei discutindo com a mulher que era chefe do setor de qualidade. E ela foi reclamar com a Mãe. A Mãe me proibiu de pisar neste setor. Feito. Pra mim era uma tarefa, um fardo a menos. E ambos os lados ficaram satisfeitos. Mas numa necessidade a tal mulher do setor precisou de alguém que a ajudasse a verificar no sistema um código de uma peça (a nossa briga era exatamente essa, a tal mulher queria aprender a fazer essa função mas não tinha nem conhecimento básico de informática) enfim ... e chamou o rapaz da informática ... o Filho 1 vendo o ocorrido veio até minha sala "p. da vida" exigindo minha presença no setor. Quando disse-lhe que a Mãe havia me proibido de ir lá, ele disse: “Ahhh, dane-se, vai lá, o que não pode é ficar fazendo o rapaz da informática perder tempo ensinando a mulher a mexer no sistema ... Desce lá agora e resolve.” E fui. A mulher torceu o nariz. Mas não tinha o que fazer. Era me aguentar ou ficar parada. Estava quase terminando de arrumar as coisas quando a Mãe me vê lá. E gritando do meio da produção diz: “Eu não te dei uma ordem? O que você tá fazendo ai?” A mulher do setor até tentou falar em minha defesa mas a Mãe já tinha latido impropérios. Era sempre assim. Deixei as coisas como estavam e saí de lá. Antes de ... processá-la.
Uma colega de trabalho foi demitida por de falta de diálogo entre os donos. O Filho 1 havia ordenado que fosse confeccionado aventais e que esses fossem estampados com a marca da empresa. Seria distribuído como brinde no final do ano. E assim a colega fez.
Era ela que liberava todos os trâmites. Ordem dada, ela liberou. Eu digitei o pedido e a ordem de produção foi feita. Puxei a lista de clientes como solicitado pelo próprio Filho 1 e escolhi os melhores clientes.
Quando os aventais ficaram prontos, apenas esperando pra serem despachados a Mãe os vê numa caixa. Fica irada, possessa. Convoca uma reunião. Estavamos lá em umas 30 pessoas. E ela pergunta quem foi responsável por aquilo. Ué, o filho dela. Oras bolas. Quem mais teria essa ideia de jegue??  Alguém disse : “Filho 1 liberou ...” mas foi cortado por um berro. Como ela não podia demitir o filho, ela botou a culpa na pobre da colega. A colega era a culpada. Por quê ela não ligou e não avisou a Mãe? Onde já se viu gastar tecido com aquilo. O Filho 1 e o Filho 2 chegaram no final da reunião, quando a colega já havia sido demitida. Eles saíram cabisbaixos e sumiram. Claro né, pra evitar alguma bronca. A colega foi demitida, talvez não por ter acatado a ordem do Filho 1 que era afinal de contas, seu patrão também. Mas por ter dito verdades à Mãe. Como por exemplo estar cansada de ficar ponderando ordens de todos. Se as ordens que deveriam ser seguidas era só da Mãe ela mesma que as desse. Como a colega poderia adivinhar que essa ideia dos aventais seria considerada idiota e brega pela Mãe???



segunda-feira, 30 de maio de 2011

Mais de um patrão. O que fazer?

Dois patrões. Ou mais. O que fazer?
O que fazer quando se tem mais de um patrão numa mesma empresa ou trabalha numa empresa onde todos querem mandar?
Quem já trabalhou num lugar assim sabe o inferno que é. Principalmente quando as ideias ou ordens superiores são diferentes.
A questão principal não é escolher a mais importante ou a mais urgente, na maioria das vezes, mas sim: De quem você vai escolhe levar bronca??
Sim, sim, meu caro leitor. Porque cada qual empresta a si uma  importância quase titânica. E pior, sem um “Zeus” pra colocar ordem em tudo.
Geralmente em empresas assim existe o “caos”. Pode até existir um “caos organizado” mas, os funcionários em questão vivem um stress constante.
Nem toda empresa familiar ou com vários patrões é assim. Alguns têm a maturidade de decidir/opinar entre eles mesmos. E longe do olhar curioso dos funcionários. E então diante de duas ordens controversas há a possibilidade de se argumentar. E você não precisará se colocar na linha de fogo.
Ou as ordens já vem "prontas" sem a necessidade de inflingir qualquer regra ou norma. Ou ainda cada patrão tem seu domínio: faturamento, comercial, financeiro ... e se limita a ele. Pelo menos na frente dos funcionários.
É muito chato quando o patrão nos aborda questionando sobre alguma ação ou atitude que foi mandada por outro patrão. Ainda mais quando aquele contraria a ordem deste.  Obedecer a quem?
Aí, não espere de mim respostas prontas pois depende muito da ocasião, dos assuntos envolvidos e é claro dos patrões.
Mas na maioria das vezes só resta a você decidir uma coisa:
De quem você vai escolhe levar bronca??



domingo, 29 de maio de 2011

Depto. Pessoal Incompetente

Numa empresa onde trabalhei o Depto. Pessoal era tão preguiçoso que tinha preguiça de digitar os avisos no Word, imprimir e colar nos editais. Ela (era uma mulher) escrevia à mão. Era tão tosco, uma empresa grande, com aqueles avisos escritos à mão. Por vezes com erros ortográficos gritantes. E como a empresa tinha vários editais (uns 5 no total) ela precisava fazer vários avisos à mão.
Ninguém podia com ela. Geralmente Depto Pessoal se acha acima de tudo e todos numa empresa.
Um dia acabei explodindo e falando o que devia e não devia. Oras, esse setor de trabalho havia me prejudicado.
Quando entrei, após algumas semanas de trabalho foi solicitado que eu começasse ir aos sábados. E fui. Entrava às 9h e saía às 15h.
Trabalhei 1 mês e meio e não recebi a hora extra. Ninguém me falou que eu precisava solicitar permissão do Depto Pessoal para fazer hora extra. E inclusive por duas sextas ela me ouviu dizendo e participou da conversa onde eu falava desse trabalho de sábado. Essas horas deveriam constar numa planilha à parte para eu poder recebe-las.
Outro problema foi que eu não sabia que a empresa teria que me dar o vale transporte desses sábados trabalhados. Eu só comecei a receber no terceiro mês de trabalho. Isso porque eu fui na sala da bonita solicitar (após um colega me instruir). Ela claro, sabia que isso era norma, mas como eu não tinha solicitado ela achou que eu não precisava.
Ainda outro erro foi quando um dia, no meio da tarde, uma inflamação da amidalas resolveu me visitar. Inflamou de uma hora pra outra, dando febre e tudo. Precisava de remédio. Mas não tinha mais que R$ 5,00 no bolso. Pedi para alguns colegas de trabalho e eles também não tinham nada. Resolvi apelar para a minha gerente. Quando pedi os R$ 15,00 emprestado para comprar os dois remédios ela fez uma cara assim de não entender e soltou essa: “Ué? Você extrapolou seu limite da farmácia??” Eu não sabia o que responder. Daí ela me perguntou porque eu não pedia pelo convênio. Que convênio??? – Perguntei eu. Eu já estava há sete meses na empresa e o Depto Pessoal nunca havia me falado nisso. Minha gerente me levou até o Depto Pessoal, deu uma esfregada na bonita. A bonita ficou sem jeito. Mas não se emendava.
Nessa empresa quando entrei não foi me passado várias coisas pelo Depto Pessoal, são essas coisas:
- Convênio com Farmácia
- Convênio Médico (havia 3 especialidades de médicos que atendiam os funcionários da empresa somente às quarta-feiras por um valor simbólico de R$ 30,00)
- A empresa oferecia café da manhã para quem chegasse até as 7h45min (eu só fiquei sabendo disso no terceiro mês. As pessoas me achavam metida porque não participava do café da manhã.
- A entrada de funcionários era feita por um portão lateral. E este era fechado exatamente às 8h. O que me causou transtorno no primeiro dia pois eu fiquei esperando a recepção abrir. Daí a recepcionista precisava de uma autorização para me deixar entrar. E lá se foram 20 min. E esse atraso é feio no primeiro dia. A bonita simplesmente esqueceu de me avisar sobre isso.
- As questões das horas extras
- As questões do vale transporte aos sábados e domingos
Isso comigo. Por que com outras pessoas ocorreram fatos diversos.
E olha, a mulher trabalhava nisso há quase 20 anos. Mais de 10 só nessa empresa.



sábado, 28 de maio de 2011

Nós te ligaremos ... [Ou não] (parte II)

Nós te ligaremos ...  (parte II)
Uma das coisas mais sem sentido, pelo menos pra mim, é receber uma ligação da empresa dizendo que eu não fui aprovada para a vaga. As vezes isso ocorre via e-mail. Acho que a pessoa não tem a coragem devida para me ligar e decide enviar um e-mail agradecendo minha presença na seleção (coloque aí o plural) mas que infelizmente, por hora, eu não seria contratada. Por telefone a coisa é mais informal mesmo. E nessas  horas eu fico com vergonha alheia ... pela pessoa do outro lado.
Isso é necessário mesmo? Digo, ligar para a pessoa avisando que ela não passou na entrevista?
Quando nas entrevistas a pessoa chegava a comentar dessa ligação eu sempre recusava. Dizia que eles não precisariam me ligar não caso de não ser a escolhida. Não vejo sentido nisso. Se passar duas semanas e a empresa não me ligar já sei que fim levou. Perdi tempo, dinheiro, maquiagem e etc. Bola pra frente.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Nós te ligaremos. [Ou não]

Continuando a falar sobre as peripécias que as empresas constumam fazer ...

Quando a empresa diz: Nós te ligaremos.
Na verdade essa frase deveria ser assim: Nós te ligaremos. Ou não.

Não entendo o porquê após alguma entrevista a pessoa insiste em dizer uma barbaridade dessas: Nós te ligaremos.
Ainda mais quando ela não tem autonomia pra decidir niente ... nem a marca do papel higiênico.
Isso só ajuda a causar mais frustração. No meu caso: raiva.
O certo seria a pessoa dizer: “Decidiremos sobre esta vaga até o final desta semana. Se não te ligarmos até terça-feira é porque não deu certo.” Ponto final. Morreu o assunto. Se não te ligarem até a bendita terça é por que você não foi o escolhido.
Pior também é quando garantem que vão te ligar. A vaga já está hipotéticamente preenchida por você (porque alguém lhe disse, óbvio, e não porque você simplesmente acha). Que sai feliz da vida e até arrisca a olhar vitrines. Ficam de ligar para combinar o primeiro dia de trabalho.  E não ligam. Passam dias e dias. Daí você fica sabendo que contrataram outra pessoa. Então, por que mentir dessa maneira?
Eles não têm obrigação alguma de te empregar mas também não precisar mentir dessa maneira. Não sei o que pode ser pior em se tratando de empresa: mentir ou se enganar. Porque pode ser que eles se enganaram por um momento. Ou se precipitaram ao te contratar. Não sei.
Não sei o que me causa mais prazer. Ser a primeira opção na contratação ou ser a segunda ou terceira opção depois que a(s) opção(ões) anterior(es) desistiu(ram).  Quando acontece isso a receptividade na empresa chega a ser outra. Eles querem que você fique. Agora é questão de honra. Adoro. E ainda dou uma esnobada ao telefone. Finjo que não sei qual é a empresa, etc. As vezes eu não lembrava mesmo, confesso.
A questão é que eu nunca disse que aceitaria um emprego e mudava de ideia sem dar um retorno à empresa.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Vagas Sigilosas





Muitas pessoas têm medo de escuro.
Outras têm medo de fantasmas.
Eu tenho medo de várias coisas, uma delas é da tal vaga de emprego sigilosa. Seja sigilo da empresa, seja sigilo da vaga/função. Não sei qual é pior. Ah, sim! Pior é quando os dois ao mesmo tempo são sigilosos.

Eu já tive o azar de concorrer cinco vezes à essa modalidade empregatícia obscura.
Eu tenho várias teorias não fundamentadas sobre essa modalidade.

Uma delas é que a empresa é tão ruim, tem uma fama tão depreciativa que se ela se identificar no jornal, no site, na agência recrutadora ninguém vai querer concorrer. Onde moro existem pelo menos três empresas desse naipe. As pessoas só aceitam emprego nelas como última escolha. E olhe lá.

Outra teoria é que a empresa se acha. Talvez essa seja a teoria mais fraquinha. Mas mesmo assim ela ainda é válida e ainda não foi contestada.

Outra teoria, e essa é mais aceita pelos meus amigos, é que a empresa pretende demitir alguém que exerce certo cargo/função importante e não podem ficar sem uma pessoa nesse cargo. Contudo a empresa não têm a ombridade de chegar nessa pessoa e demiti-la para aí sim contratar outra pessoa. A empresa quer ter a certeza de ter alguém antes de demitir esse funcionário. Aí apela-se para vagas sigilosas. Confesso que nunca mandei currículo para vagas assim quando estas apareciam no jornal. Eram mais ou menos assim:
"VAGA SIGILOSA
Empresa de grande porte conceituada no ramo contrata pessoa com formação e experiência na área administrativa para trabalhar no setor comercial. Interessados enviar currículo com foto para recruta008@hotmail.com"


Eu tinha/tenho medo dessas vagas. Vai saber se é empresa mesmo. Sei lá né, tem maluco pra tudo nesse mundo. OU vai que eu mando currículo para a empresa e cargo para qual trabalho? rsss. Já pensou? Seria hilário. kkkkkkkkkkkkkkkkk

Das cinco vagas misteriosas a que fui na entrevista duas delas eram para cargos nos quais as pessoas neles seriam demitidas assim que alguém fosse contratado ou assim que alguém tivesse coragem para demiti-las.
Uma dessas entrevistas ocorreu num escritório de advocacia a pedido do dono da empresa. E quem fez a entrevista foi uma amiga do dono da empresa. Olha só: Havia uma web cam filmando tudo. E o dono da empresa estava do outro lado assistindo tudo. Super sinistro. Meio filme americano. Aquela advogada com um papel em mãos com perguntas, ela lia e me fazia as perguntas. Muito simpática. Aquele escritório de advocacia encarpetado, aquela imagem da Justiça, aquela estante enorme cheia de livros. Coitada. ela também era uma cobaia.

Outra dessas entrevistas ocorreu numa agência recrutadora. Fui selecionada para a vaga a princípio pela psicóloga da agência. Cheguei lá e ela simplesmente disse: "Selecionamos seu currículo para uma vaga numa empresa no setor X. Por enquanto não podemos dizer o nome da empresa. É para trabalhar no setor de faturamento." Me passou o horário de trabalho e o salário inicial. E disse que se meu currículo passasse na avaliação eles me ligariam de volta. Bem, ninguém ligou. E não fiquei sabendo para qual empresa era.

Um amigo também participou de uma entrevista sigilosa. A entrevista seria após o horário comercial Sinistro. Seria às 18h30 num escritório comercial. Ele foi até lá levando currículo e demais documentos. Havia uma psicóloga no local que fez uma breve entrevista, fez algumas anotações no próprio currículo e disse que a vaga a princípio era sigilosa a pedido do dono da empresa. Ele não entendeu nada, perguntou se a empresa era da cidade, só isso. A tal psicóloga disse que não poderia responder. Enfim. Ele também não passou no teste pois não ligaram para ele de volta.

Mas uma coisa é certa.
Vaga sigilosa não é sinônimo de vaga boa, de empresa boa, de salário bom. Não, não.
E geralmente é sinônimo de encrenca.
Porque se a empresa é grande ou tenta ser organizada provavelmente tem Dpto. Pessoal e/ou RH então por quê é o próprio dono ou outra pessoa que está fazendo essa seleção????
Ou, por quê fazem tanta questão de sigilo?

Fique ligado!
Provavelmente você ocupará o lugar de algum queridinho do depto. pessoal e/ou RH. Grandes chances dessa pessoa ser parente.
Ou ser parente/amigo de qualquer outra pessoa (de conceito) dentro da empresa.
Ou mesmo ocupar o lugar do próprio Depto Pessoal e/ou RH.
Tenso!
E se essa pessoa for querida na empresa você, pelo menos a princípio, será odiado.

No mais se você não tem medo de enviar seu currículo para essas vagas de jornais e revistas tenha pelo menos a inteligência de retirar seus dados pessoais como endereço e números de documentos. Afinal existe louco pra tudo. 

E se você foi contratado para uma vaga sigilosa e não foi nada disso que escrevi aqui deixe seu depoimento. Assim saberemos que alguém  lê esse blog e que as coisas que falo não têm sentido. rss 




quarta-feira, 25 de maio de 2011

Maioria dos 40,2 milhões de assalariados em empresas não têm nível superior

Uma notícia dessa não me espanta. Aliás, me dá medo a longo prazo.
Primeiramente as pessoas não veem grandes motivos para investir num nível superior já que se elas avaliarem o custo/benefício vendo alguns colegas de trabalho saberão que eles não ganham tão mais assim. Ajuda muito, não a subir dentro de uma empresa, mas sim na hora de procurar um emprego qualquer.
Segundo, nível superior não é sinônimo de competência e inteligência. Fato. E em alguns cargos/funções realmente não é tão importante assim ter o tal curso superior. Melhor mesmo ter ética e profissionalismo. E vontade de aprender e fazer certo.
Terceiro ponto, essa banalização de que você só será alguém se tiver nível superior me aborrece. Conheço muitas pessoas inteligentes e cultas que não fizeram uma faculdade ou não ingressaram num MBA ou mestrado. Aí é questão de cultura mesmo. Da pessoa querer aprender. Também conheço muitas pessoas com nível superior que são verdadeiras antas.
Quarto ponto. Daí o governo e seus miquinhos amestrados lêem uma notícia dessa e resolvem avacalhar com o ensino superior (leia-se avacalhar mais ainda) abrindo mais vagas, abrindo mais faculdades sem a mínima condição ou preocupação com a qualidade. Eles devem pensar: “Vamos aumentar a quantidade e depois vemos o que se pode fazer na qualidade”. Então vemos pessoas formadas nas mais diversas áreas pecando no mais básico. Cometendo erros grotescos. Daí a culpa é apenas do professor. 
Se investissem num ensino básico de qualidade muitos problemas posteriores seriam resolvidos. E ensino básico de qualidade começa sim na formação de um bom professor, que por sua vez necessitou de um bom ensino básico. Essa boa formação acadêmica do professor é feita numa boa universidade. Uma universidade preocupada com a qualidade desse futuro professor. E não apena$ preocupada com número$ e quantidade de aluno$ matriculado$.
Então vemos os recrutadores e Deptos. Pessoais zombando de candidatos (muitas vezes com diploma de nível superior) que não sabem quanto são 3 dúzias e meia, quantos metros tem em 1 km, que não sabem calcular sem calculadora 25% de R$ 100,00.
Zombam com razão? Tenho algumas dúvidas.
Uma delas é: Será que eles mesmos saberiam? Será que o cargo a ser ocupado realmente necessita desse tipo de conhecimento? Não sei. Mas sei que investindo num ensino básico de qualidade essas zombarias acabariam.

Este texto foi baseado nesta notícia:
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/920581-mais-de-80-dos-assalariados-em-empresas-nao-tem-nivel-superior.shtml

terça-feira, 24 de maio de 2011

As empresas de recrutamento. Parte I







Tornou-se moda ou necessidade a existência e a consulta às empresa de recrutamento. Tanto da parte da empresa quanto do trabalhador.

De certa forma creio que seja mais fácil para ambos. Mas talvez não eficiente. Também para ambos.
Do ponto de vista da empresa existem diversas divergências. Algumas são reais por falta de esclarecimento, ou seja, uma boa conversa. Não são passados alguns pontos, algumas preferências. Ou se são passados são ignorados pelas agências recrutadoras. Cansei de ser encaminhada por agências e quando estou na entrevista sou recebida com um olhar descrente. Me encaminharam "às cegas" numa tentativa inútil de acertar o alvo no escuro. A empresa contratante necessita de alguém formado em Ciências Contábeis. E fez essa exigência. Ou não. Isso existe também. A empresa contratante "esquece" de passar todas as exigências então quem fica com cara de pastel e perde tempo e dinheiro somos nós: entrevistados.

Quando citei a necessidade de ser formada em Ciências Contábeis foi porque isso aconteceu comigo. Cheguei num edifício, oitavo andar, sala 803. A exigência era essa formação. A dona da empresa faltou me atirar pela janela. Eu precisei acalma-la. Disse-lhe que não haviam me informado dessa exigência e que se tivessem me avisado eu não teria perdido tempo e dinheiro indo até a empresa, até porque trabalhar nessa área também não me interessa. A vontade que eu tinha era de ligar na agência e soltar o verbo. Mas não fiz isso já que a dona dessa empresa disse que faria ela mesma. Aliás, eu era a terceira candidata que eles enviavam sem a tal formação exigida.

Mas eu fico aqui pensando: "Será que as empresas realmente passam tudo para as agências recrutadoras?"
Minha resposta sem embasamento científico é: "Não!"
Eu já cheguei a ser encaminhada por outra empresa para outra vaga e chegando na entrevista o dono da empresa queria alguém formado em ADM. Eu lhe disse que a moça da agência não mencionou isso e que se mencionasse eu com certeza não estaria ali. Saindo na empresa eu voltei na agência e conversei com a psicóloga que havia me encaminhado. Ela jurou que ninguém havia mencionado a exigência de ser ou estar cursando administração. E que ela ligaria naquele momento na empresa. E ligou. Na minha frente, e realmente alguém da empresa esqueceu de dar essa informação tão preciosa. Esqueceu? Ou achava que não era necessário?

Já cheguei a dar dicas nas agências onde procurei trabalho. Concordo que sair muitas vezes para procurar um mesmo emprego é frustrante. Mas mais frustrante ainda é ter que olhar para a feição desapontada dos deptos pessoais e RHs quando se deparam com um currículo que não atende as necessidades mínimas exigidas por eles. Então eu sugeri que os currículos fossem encaminhados pela própria agência recrutadora e que se avaliados e aprovados pela empresa fossemos então chamados para entrevista. Isso economizaria esse olhar de cara feia e muitas outras coisas. Pois nada garante que quando você chegasse na empresa encaminhado pela agência eles te atenderiam prontamente. Já aconteceu de eu me deslocar léguas até a agência, depois me deslocar léguas até a empresa para ali só deixar meu currículo e o encaminhamento para dois dias depois voltar lá para entrevista.

Então durante essas entrevistas eu perdi e inibição e passei a fazer perguntas também. Não é só a empresa que tem que decidir se me quer. Eu tenho que decidir se eu a quero também.

Não me arrisco mais a entrar num emprego onde exigiam algo que eu não pudesse ser ou ter.
Já me arrisquei, agora não mais. Não vale a pena.




quarta-feira, 11 de maio de 2011

O que fazer quando se odeia um emprego?



Vou mudar um pouco o assunto do blog aqui.

Odiar um emprego ...
Há algum tempo eu não sei o que é isso. Graças aos Céus!
Estou me dedicando a mudar de carreira. Cansei do administrativo. Cansei!
Estou ouvindo quase que constantemente pessoas ao meu redor reclamarem de seus emrpegos, de seus patrões, gerentes. Pessoas que acordam sem um pingo de motivação.
Andei lendo alguns blogs a respeito. Alguns (a maioria) mostram o ponto de vista dos patrões e outros mostram o ponto de vista dos funcionários.
O que fazer nessas situações? Difícil decidir.

Na minha história de vida posso dizer que já odiei dois empregos. Ódio mortal mesmo.
De dar dor de barriga, queda de cabelo, urticária, depressão, sudorese ... e um profundo mau humor ou apatia mesmo.
Hoje quando o tempo me permite avaliar de longe pelo o que passei posso tirar conclusões não tão alarmistas ... mas mesmo assim preocupantes.
Acho que quanto mais nos especialisamos ou obtemos conhecimento mais nos tornamos autocríticos e exigentes. Claro, a idade também ajuda. Por que eu não me lembro de odiar meus primeiros empregos, que também eram horríveis. Eram primeiros empregos, eu não tinha experiência nem postura profissional.

Meu primeiro emprego odiado não foi odiado desde o princípio.
Foi odiado por dois motivos: a postura do meu chefe e a postura de alguns colegas de trabalho.
Após subir de cargo por mérito próprio fui parar num setor com um chefe galinha metido a galã. Isso mesmo. Eu era carne nova no pedaço e ele achou que "tava" com tudo. Vendo que eu estava irredutível ele me negou meu aumento merecido achando que assim eu teria mais motivos pra cair no papo furado dele.
Ele fez coisas horríveis comigo. Tentou de tudo. Até me mandar ir trabalhar aos sábados, sozinha com ele, ele me mandou. Quando viu que nada aconteceria, desistiu. Mas começou a me humilhar. A me perseguir.
Sabe desses chefes grudentos que quando chegam de manhã gostam de dar três beijinhos em todas as mulheres? Vivia achando motivo para tocar a mulherada. Nem que fosse no ombro. Na cintura. Odeio isso.
Enfim, com um novo cargo mas salário baixo (diga-se de passagem salário mais baixo que o antigo cargo visto que no antigo eu ganhava comissão) eu me desmotivei muito.
O que terminou de me desmotivar foi quando chegou meu aniversário. Quando entrei na empresa havia acabado de fazer aniversário. E participava de todas as "vaquinhas", de todas as contribuições dos outros aniversariantes. No meu aniversário poucas foram as pessoas que ao menos se dirigiram até a minha mesa para me parabenizar. E eu juro que era ( continuo sendo) uma pessoa agradável. Isso foi a gota d'agua pra mim. Sabe quando você está pra baixo, carente e qualquer coisa magoa? Eu estava assim.
Alguém pode estar se perguntando - Por que essa criatura não reclamou com alguém sobre o chefe? Eu reclamei. Mas o que eles poderiam fazer por mim era me mudar de setor assim que uma vaga surgisse. Eu não consegui esperar. Se arrependimento matasse eu não teria aceitado a promoção.
Outra pergunta: -Se você era tão amável por quê as pessoas não te parabenizaram? Bem, é uma longa história. Quando fui promovida eu passei a fazer parte de uma equipe concorrente. E as antigas colegas ficaram ressabiadas. Assim como as novas.
Saí de lá. Superei. Não joguei m.... no ventilador não. Pedi pra sair com uma desculpinha esfarrapada. E saí na boa. A empresa era ótima. O problema era meu supervisor mesmo.

Meu segundo emprego odiado foi odiado desde a terceira semana. Pois é.
Eu precisava muito trabalhar. Havia mudado de cidade por conta do meu casamento. E poucas eram as pessoas que estavam a fim de contratar alguém de fora. Agarrei essa chance com unhas, dentes, braços e pernas.
Era uma empresa pequena, ao contrário da outra odiada.
Foi pelo motivo de não estar encontrando emprego que tive que permanecer na empresa longos 11 meses.
Meu patrão era um ser chucro, ignorante, recém endinheirado. Perceberam?
E ainda metido a galã (owww sina essa minha). Mas nunca deu em cima de mim não.
Mas era chucro e mal educado. O filho dele que cuidava antes de tudo era também chucro. Não sabia usar o Excell. Fazia os cálculos todos na mão, na calculadora. Qualquer coisa que eu fazia no pc era motivo de espanto para todos.
Sabe desses chucros endinheirados sem paciência? Sem cultura? Ele não entendia nada. E antes de pedir explicação começava a gritar. Era histérico. Isso me irritava sempre. Ele não acreditava que o Excell pudesse fazer as "continhas" das comissões todas certas, sem erro. E por isso me fazia calculá-las todas na calculadora, ao lado dele. Pois é! Pois é! Pois é!
E na elaboração de e-mails era pior ainda.  Ele gritava muito. Ele não aceitava haver mais de dois modos de se fazer as coisas. Tudo piorou quando ele comprou um Nextel. Ele não tinha coordenação motora para apertar o botão, falar pausadamente e SEM GRITAR. Tirar o dedo do botão e esperar minha resposta.
Eu cuidava da contabilidade da empresa e da casa dele. Era pra ligar no pet shop? Eu. Pedir gás? Eu. Pedir galão de água? Eu. Fazer a lista e a cotação do churrasco do filho dele? Eu. Fazer o dever de caso do filho dele? Eu. Ligar no salão marcar/desmarcar o horário da mulher dele? Eu.
Sabe quando o patrão acha que te pagar R$ 600,00 é muito? E olha que ele gastava quase isso com os dois cachorros dele. Quando eu entrei o combinado foi trabalhar de segunda à sexta e receber o dinheiro do transporte. No segundo mês ele já veio dizendo que estava ficando pesado pagar o meu transporte.
E tinha mais: terrorismo emocional. De todas as formas possíveis. Ele me mandou ir ao sábado na empresa várias vezes. Por quê? Pra não fazer nada. Só pra mostrar para os parentes dele que ele tinha uma funcionária gostosa e inteligente. E eu? Fico como? Com a faxina atrasada, é claro.
Bom, até que um dia (dia de eclipse solar e eu estava à flor da pele) ele veio com o terrorismo emocional dele. " ... Sabe Fada, muitas de nossas decisões não são decididas do dia pra noite. Elas são repensadas. Calculadas. Assim é com casamento, com emprego. Se teu marido pedir divórcio hoje não será uma decisão tomada ontem. Quer dizer que ele já vinha pensando nisso ... o mesmo acontece com tudo. ..."
Ele iria dar sequência. Quando eu disse: "Pois é Sandro. Falando em decisões pensandas e repensadas eu quero sair."
O homem ficou branco. E depois vermelho, de raiva. Pois acredito que ele não queria me mandar embora (funcionária boa, barata, pontual e de confiança, eu até cuidava da casa deles quando viajavam) ele só queria exercer o poder autorítário sobre mim.
A minha vingança veio mais tarde ... quando a moça que ele tinha escolhido pra me substituir começou a fazer pirraças. Ela chegou a sair pro almoço, voltar e sair logo em seguida (sem avisar, sem pedir permissão) para ir à manicure pois no sábado ela não teria tempo. Ela faltava horrores. Saia de tarde pra ir a padaria e demorava a vida toda. Quem me contou isso tudo foi a mulher do meu ex patrão.



O que aprendi com isso tudo?
Que HOJE eu não fico mais num emprego que não me respeite como ser humano.
Não aceito palavrões. Não aceito gritaria.
Ser pressionada, ser exigida, cobrada ... é uma coisa. Mas ser explorada, subjulgada ... isso eu não tolero mais.

Então o que fazer quando se odeia um emprego?
Verificar por quê se odeia o emprego. E o que se odeia no emprego.
Odeia o cargo? Odeia a empresa? Odeias seus colegas? Odeia seu chefe? Odeia seu patrão? Odeia trabalhar aos sábados? Odeia ser a mais cobrada? Odeia ser a que recebe menos?
Se perguntar: É passageiro ou permanente?
Depois tentar responder com sinceridade: Isso pode ser mudado? Como?
As vezes a saída é mudar de setor. De empresa. Infelizmente.